“Se LeBron pode voltar para casa, por que eu não?”
Essa foi o resumo da última semana de Kevin Garnett, que após sete anos e meio depois, retornou ao Minnesota Timberwolves, time que o draftou, é ídolo e líder histórico em praticamente tudo. Ele chegou na franquia direto do high school, em 1995, e logo se estabeleceu como titular e dono da equipe. Lá, ajudou o time a conquistar sua primeira vaga nos playoffs, primeira vitória na pós-temporada, primeiro título de divisão e ainda levou a franquia até as finais de conferência de 2004, melhor campanha da história dos Wolves.
Individualmente, Garnett conseguiu quase tudo usando o uniforme de Minnesota. Foi MVP da temporada de 2004, foi nove vezes All-Star da liga em seus 12 anos na franquia, e primeiro time da NBA em três oportunidades. Além disso, o jogador é líder histórico em pontos, rebotes, tocos, assistências, roubos de bola, em minutos e jogos pela equipe. Ele é o Senhor Wolves. Não é a toa que ele cogita comprar a franquia.
Por tudo que fez pela equipe, a volta de Garnett parecia inevitável para o jogador, já no fim de sua carreira. Ele próprio disse que só abriria mão de sua cláusula de não poder ser trocado para voltar aos Timberwolves.
Agora o dinossauro da NBA retorna ao time em que é ídolo, mas agora com outro papel. O Minnesota Timberwolves tem um dos planteis mais interessantes da liga, extremamente jovem e atlético, com Andrew Wiggins, Rick Rubio, Anthony Bennett (eu acredito) e Zach LaVine. O “Big-Ticket” hoje é apenas uma sombra daquele jogador dominante nos dois extremos da quadra, porém sua experiência e liderança serão importantíssimas para um grupo de jogadores novos e com extremo potencial.
Como o Quinta Descida é uma coluna sobre lances e jogadas dos esportes americanos, nada mais justo que relembrarmos os dez melhores lances no uniforme que o consagrou. Também é uma volta ao passado para aqueles, como eu, que se acostumaram a ver Garnett usando o verde celta, e mais recentemente o preto do Brooklin. Parece que a camisa branca com letras “ferozes” do time das “cidades gêmeas” fazem muito mais sentido para Garnett do que qualquer outro fardamento que o jogador usou durante toda sua brilhante carreira.
Eternamente decepcionado pelo Super Bowl XLII e por ser péssimo no Madden.
Estudante de jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. No twitter: @pfborg