Em março, não sabíamos se a temporada da MLB seria realizada em meio à pandemia. Aos trancos e barrancos, o beisebol teve uma temporada mais curta que culminou nos playoffs. Após as finais de liga, Tampa Bay Rays e Los Angeles Dodgers venceram e se enfrentam na World Series 2020.
Curioso é que Rays e Dodgers foram as duas melhores equipes durante a temporada regular. Ou seja, teremos um confronto de alto nível e que promete chegar até o Jogo 7.
Os Dodgers, uma potência repleta de estrelas, ganharam a Divisão Oeste mais uma vez, passando pelo Milwaukee Brewers, pelo San Diego Padres e virando sobre o Atlanta Braves.
Os Rays não possuem um elenco com estrelas renomadas, mas está cheio de novas caras que assumiram o protagonismo nos playoffs e que chegam quentes para a World Series 2020. A equipe da Flórida sempre apostou em seus sistema de formação de jogadores aliada a muitas trocas no mercado e nada de salários astronômicos. Para completar, os Rays passaram pelos Yankees e Astros, dois favoritos.
Os Dodgers são o oposto. Há anos, a equipe californiana investe pesado e, não à toa, vem sendo uma constante nos playoffs e domina a sua divisão há cinco temporadas. Fora que será a terceira WS em quatro anos.
Enquanto os Rays estão vivendo um sonho muito palpável e curtem o momento, os Dodgers não aguentam mais chegarem como favoritos e saírem de mãos vazias.
A série é melhor de sete partidas, com todos os jogos sendo realizados no estádio do Texas Rangers, o Globe Life Field.
Horário e resultados
Jogo 1 – terça-feira (20), às 21h (horário de Brasília) – Dodgers 8 x 3 Rays
Jogo 2 – quarta-feira (21), às 21h (horário de Brasília) – Dodgers 4 x 6 Rays
Jogo 3 – sexta-feira (23), às 21h (horário de Brasília) – Rays 2 x 6 Dodgers
Jogo 4 – sábado (24), às 21h (horário de Brasília) – Rays 8 x 7 Dodgers
Jogo 5 – domingo (25), às 21h (horário de Brasília) – Rays 2 x 4 Dodgers
Jogo 6 – terça-feira (27), às 21h (horário de Brasília) – Rays 1 x 3 Dodgers
A espera
Não dá para esquecer que os Dodgers foram à World Series em 2017 e 2018 e saíram derrotados de ambas. Muitos veteranos seguem na equipe, assim como o GM Dave Roberts. “Se nós tivéssemos Mookie Betts em 2018, teríamos derrotado os Red Sox”, disse Roberts, logo após garantir a vaga na WS.
Realmente, Mookie Betts é fenômeno e ele está nos Dodgers, que são um time muito mais perigoso com ele. E muito porque a equipe está tomando menos strikeouts, recebendo mais walks e rebatendo nas horas mais críticas. Das 69 corridas anotadas pelos Dodgers nos playoffs, 41 vieram com dois eliminados.
Pacientes e perigosos. Puxados por Mookie Betts (.311 de média), Joc Pederson e (.375) e Corey Seager (.298), os Dodgers chegam com o poder dos bastões. Neste ano, o time de L.A. tem quase seis corridas anotadas por partida.
Há um certo temor que o bullpen possa comprometer, pelo excesso de jogos nos últimos dias. Os Dodgers também não sabem se o closer Kenley Jansen aguenta fechar uma partida. Clayton Kershaw vai começar o Jogo 1 e todos estão na espera para ver como ele reagirá.
Além de Kershaw, os Dodgers esperam que Walker Buehler e Dustin May façam bons jogos e não usem muito o bullpen.
Não chegou aqui à toa
Em sua segunda jornada na World Series, os Rays chegam como desafiante, um dos bons. A equipe da Flórida é ajustada em todos os aspectos do jogo, só falta experiência, que é compensada com competência. A direção dos Rays é muito precisa em suas decisões, já que não tem muita margem salarial para formar times. Tudo tem que ser muito bem pensado.
Essa cultura passou para os jogadores. É uma equipe que compete, dificulta as coisas para o adversário e que está sempre prestes a produzir uma grande jogada. E o catalisador disso tudo é o cubano Randy Arozarena.
O DH dos Rays tem sete home runs e 10 RBI nos playoffs. Ele entra com a melhor média (.382) no bastão e terá que mantê-la. Isso porque os Rays estão vencendo sem a colaboração do trio Brandon Lowe, Yandy Díaz e Willy Adames, pífio nos playoffs até aqui.
O mesmo raciocínio serve caso eles comessem a rebater para todo canto. Sem eles, os Rays estão vencendo. Com ele, há como competir com o poderio ofensivo do adversário.
No montinho, os Rays vão precisar que o trio Tyler Glasnow, Blake Snell e Charlie Morton consiga fazer seis jogos, sendo dois cada. É algo possível já que as folgas voltaram na World Series 2020.
Nature agronome. Un Viking de São Paulo qui aime le Brésil, mais qui encourage les Twins des Twin Cities. Il reprend ses études de journalisme et écrit pour Quinto Quarto. Il préfère les lacs aux loups gris et a une véritable passion pour la nature sauvage.