Nos últimos anos a MLB e a MLBPA têm procurando maneiras de melhorar o ritmo do jogo. O grande objetivo não é encurtar a partida, mas eles querem reduzir o tempo de inatividade, o tempo quando os jogadores estão apenas em pé sem fazer nada. Reduzir o tempo da partida é um subproduto disso.
Como parte desses esforços, os walks intencionais são automáticos agora, com o manager apenas precisando fazer um sinal para o juiz. Uma regra que proíbe o rebatedor de sair da área de rebater e limite de tempo para o desafio do manager também foram implementados.
Uma das maneiras óbvias de reduzir o tempo de jogo é encurtar os comerciais. Atualmente um relógio garante que haja o recomeço logo após o término da pausa, contudo, muitas vezes, o arremessador já encerrou o seu aquecimento e os atletas ficam esperando o tempo acabar.
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Em entrevista com Maury Brown, da ‘Forbes’, o comissário Rob Manfred indicou que não se opõe a reduzir o tempo das pausas comerciais para melhorar o ritmo de jogo.
“Estou totalmente de acordo com a ideia de examinar nossa carga comercial em nossas transmissões e é algo que nós deveríamos estar fazendo”, disse Manfred. “Há limites contratuais sobre quando podemos fazer isso. Temos compromissos existentes, mas, certamente, isso deve ser um problema que nós olhamos”.
O grande problema está nas limitações contratuais que impedem que a MLB reduza os comerciais unilateralmente. As diversas redes de televisão, tanto locais como nacionais, pagam muito para transmitir os jogos e querem vender os comerciais para lucrar.
Remover 20 segundos de propaganda por pausa encurtaria uma partida de nove entradas em cinco minutos e 40 segundos. No entanto, sacrificar esse tempo de comerciais por jogo em uma temporada de 162 jogos significaria milhões de dólares de receitas perdidas.
Talvez a liga e os proprietários tenham que assumir uma pancada em termos financeiros para melhorar o ritmo do jogo, assumindo a derrota não cobrando tanto das empresas que querem transmitir os jogos.
Para piorar, os contratos expiram em momentos diferentes, sendo alguns em dois anos e outros em 20.
Amante de esportes em geral e ex-jogador de beisebol. Apesar de preferir o passatempo americano e torcer pelo New York Yankees, me redimo ao acompanhar o sofrido Miami Dolphins na NFL e fico sem time da NBA.